terça-feira, 19 de junho de 2012

Há necessidade, mas pode ser diferente

O trabalho escravo moderno diferentemente do trabalho escravo de antigamente no qual era um trabalho visível, o moderno é disfarçado, porém se bem analisado é fácil perceber que há. Hoje em dia pessoas são “forçadas” por conta da necessidade que tem em trabalhar. A distância entre local de trabalho e a residência do trabalhador, acaba forçando o mesmo a ter de fazer muitos esforços tais como acordar extremamente cedo, enfrentar trânsito, ou ônibus lotados, sacrifícios que poderiam ser evitados, sim, mas para isso teriam de haver mais oportunidades.
            Com o decorrer do tempo as pessoas se acostumaram a frequentar transportes públicos sempre cheios e estar no trânsito, porém se estivessem às oportunidades de empregos pertos de suas casas ou até mesmo se pudessem morar num local mais próximo de seus locais de trabalho não teriam de passar por esses tipos de transtornos. O trabalho escravo moderno não está só em ficar horas e horas trabalhando, por conta de tudo, as pessoas tende sair cedo de suas casas para chegarem a tempo em seus empregos e ao saírem de seus trabalhos chegarem tarde em casa não tendo ao menos tempo de descansar. Todos têm necessidades e por isso acabam tendo de passar por transtornos. Imigrantes são tratados diferentes e acabam sendo escravizados, como acontece no centro de São Paulo, bolivianos, e asiáticos que não tenham um estudo avançado tende a trabalhar por horas e horas, independentemente do clima, sem folgas e com salários muito baixos. Nos dias atuais pessoas nas quais não tem um estudo mais refinado ou uma condição melhor de vida acabam sendo forçadas e ameaças a trabalhar. A “Agência Brasil” divulgou uma nota na qual nos mostra o que acontece em nosso país, - “De acordo com o levantamento, mulheres e meninas representam 55% (11,4 milhões) do total de trabalhadores forçados, enquanto homens e meninos representam 9,5 milhões (45%). Além disso, os adultos são mais afetados do que as crianças, pois 74% (15,4 milhões) das vítimas são maiores de 18 anos e 26% (5,5 milhões) estão abaixo dessa faixa etária”. É fácil perceber que há escravidão e negação da liberdade.
            Assim podemos concluir que a escravidão vem se tornando cada vez mais frequente em qualquer área e assim tornando-se visível para quem quiser ver. Porém, com a criação de leis mais rigorosas, fiscalizações e conscientização das pessoas, tudo isso diminuiria muito. A regularização das pessoas e de seus trabalhos, seria a forma ideal para que houvesse um fim nessa escravidão.

domingo, 25 de março de 2012

Resenha : Capitulo IX - Baleia / Vidas Secas


Vidas Secas
Capitulo IX – Baleia
            Graciliano Ramos (1892-1953) principal romancista da geração de 1930. Nasceu em Quebrângulo, Alagoas. Vidas Secas (1938) seu único romance em 3ª pessoa, uma obra que conseguiu fixar figuras subumanas vivendo o fatalismo das secas da região do Nordeste. Na obra Graciliano mostra uma família de 4 pessoas (pai Fabiano, mãe Sinhá Vitória, filho mais novo e filho mais velho) e uma cachorrinha (baleia) que vivem nas secas do Nordeste Brasileiro, uma obra na qual pode ser “desmontada”, pois os capítulos não têm uma continuação.
            Baleia prestes a morrer, seus pelos a maior parte deles já haviam caídos, já não conseguia beber nem comer, pois as chagas da boca e a inchação dos beiços dificultavam a entrada de qualquer coisa em sua boca. Sendo assim, Fabiano – o cabra – resolvera matá-la, mesmo com Sinhá Vitória não concordando, ele vai e pega a espingarda. Os filhos e a mãe já tristes, afinal Baleia era como uma pessoa da família. Baleia sai da casa coçando-se a esfregar as peladuras no pé do turco, - Pobre da Baleia -. Ficara atrás de uma árvore no terreno e só se pode ver as pupilas negras. Fabiano ao chegar as catingueiras, arrumou a pontaria puxou o gatilho, a carga alcançou o traseiro de Baleia, inutilizando uma das pernas dela. Baleia latindo desesperadamente. Sinhá Vitória ao ouvir o tiro e o latido desesperado da cachorra, pega-se à Virgem Maria e os filhos choram alto. Baleia fugia precipitada, correndo a três pernas, rodeando o barreiro e entrando a esquerda do quintalzinho num buraco da cerca, ganhou o pátio, dirigiu-se ao copiar, encontrou Fabiano e foi para o chiqueiro das cabras. Como perdia muito sangue, andou como gente, em duas pernas. Naquele instante já não conseguira ver muita coisa, afinal era inverno e havia muito nevoeiro. Não latia mais, uivava, mas a cada momento os uivos iam diminuindo e se tornavam quase imperceptíveis. Tinha desejo de morder Fabiano, mas lembrava da espingarda e se tremia. Não podia o morder, passou a vida em obediência a esse cabra, juntando o gado a um só sinal de Fabiano, ambos sabiam, ela pertencia a ele. Uma angústia apertou o coração, Baleia precisava vigiar as cabras. Os meninos dormindo, silêncio completo e nenhum sinal de vida nos arredores, era uma noite de inverno, fria, gelada e nevoenta. O desejo dela era estar dormindo ali entre a cozinha e o alpendre, na pedra quente do fogão. Amanhecendo, acordaria feliz, lambendo a mão de Fabiano e rolando com os meninos em um pátio enorme, num chiqueiro enorme, e o mundo cheio de preás gordos e enormes. Tudo seria diferente.
            Concluo que Graciliano Ramos quer trazer, e traz, ao leitor que a Baleia não era apenas uma cachorra, ele a trata como um ser humano bem mais do que os filhos de Fabiano, ela usa para Baleia, pernas e não patas (que são de cachorras), cachorros não pensam e ele pensa por Baleia e isso o torna oniciente, a cachorra tem um nome, pensamentos, carinho, companheirismo entre outros. Isso torna a Baleia muito humana.

sábado, 10 de março de 2012

Digna & Honesta



Há uns dias atrás vieram até me mim e disseram que "futebol" e mais fácil do que "xadrez", concordo, porém em partes. Não há nada na vida que use mais raciocínio rápido do que xadrez, certo?! Conclusão, mentalmente xadrez é mais difícil do que qualquer coisa, mentalmente falando !

E o preconceito é porque o jogador em si ganha "rios de dinheiro" só por "correr atrás de uma bola"?   Se for tem coisa errada, aquele a qual só correr atrás de uma bola, faz um esforço enorme para estar lá, e para estar lá tende contrariar muitos, a qual só irão criticar, os qual os apoiam são somente familia e amigos de verdade. E se estão indo atrás da bola, é por que ali eles vêem um futuro melhor pra si mesmo e para teus familiares, sonhos e desejos desses realizados através do esforço deles.

Ninguém cansa fisicamente estando sentado, tendo apenas que mexer os braços, mãos, olhos e cabeça. Veja um atleta em si, independente de qualquer que seja o esporte, se uma pessoa te pergunta "trabalha em que ?", você responde "sou Jogador", a pessoa rindo conclui " e faz mais o que? ". Agora fala que você é um professor, diretor, médico, engenheiro, a pessoa até se orgulha por você. Entendam, ser jogador é tão digno como aquele a qual tem uma formação acadêmica, é Digno e Honesto.

Um professor, um médico, um engenheiro, um administrador, não tem de correr num Sol de 40ºC, suando igual camelo no deserto, eles "apenas" ficam sentados, não é critica é realidade. Afinal dependemos desses a qual ficam "apenas" sentados. Um professor não um risco de ter um câncer de pele, parada cardíaca, etc... Afinal, fica "apenas" dentro de uma sala com no máximo 40 "crianças" (que já pensam que são adultas e querem agir como tais) e não num estádio com 40 MIL pessoas, isso é pressão, isso é exigência, isso é o Esporte, se dentro de um estádio tem 40 MIL, fora dele há MILHÕES, criticando ou elogiando, mas estão te vendo,.

Por esses motivos são recompensados da maneira que são, se um professor ganha pouco é por que faz pouco, tem muito cara por aê que trabalha bem, não tem o Ego grande e ganha bem, por que não quer ser melhor do que ninguém, quer ser simplesmente ele, sem Mascara nenhuma.

Professor e Jogador, profissões diferentes, porém, Dignas e Honestas.

Abrs
AfonsoRMartins .

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Futebol é coisa séria?


Para começar, um texto tirado daquele que vai ser a  inspiração para os meus próximos textos, Rica Perrone .

É sério. Muito sério o fato de 2 clubes que nem impostos pagam se juntarem num campo para jogar uma partida de futebol. Não sei qual impacto teremos na bolsa de Londres se o Teixeira cair, mas teremos.
Desconfio que a bolha imobiliária dos EUA tenha relação direta com o fato do Inter ter vencido o Barcelona no Mundial.  E posso afirmar a você, torcedor, que se seu time não ganhar domingo… não sei o que será da sua vida.
Você deve odiar o torcedor rival, além de querer matar todo e qualquer sujeito que ouse não exaltar seu clube ao abrir a boca sobre futebol.  É seu direito resumir sua vida a um jogo, afinal, a mediocridade as vezes é uma escolha.
Se você é daquele tipo que “Pelo meu time eu mato e morro”, então se mate. Porque matar dá cadeia, morrer por um time dá vergonha.
A relação futebol/torcedor mudou, e pra pior. O que era um lazer, e deveria ser até hoje, se tornou uma simples guerra pelo resultado. O que era “jornalismo esportivo” virou uma insuportável perseguição a dirigentes em busca de uma denúncia.
E o futebol, aquele jogo de domingo que unia pessoas, hoje destrói, separa e causa irritação.
Não vou tirar da reta, a imprensa é a maior culpada. Você, torcedor, acredite ou não, pensa, fala e vê o que nós te contamos. Se quisermos contar A, você vai saber A, se não, não saberá. Sozinho você não descobre, e sabe disso.
O que você chama, irritadinho, de manipulação eu diria que é apenas falha de comunicação. Ninguém na imprensa faz complô simplesmente porque somos rivais entre nós, logo, não sentamos pra combinar nada. É um mero delírio da cabeça de alguns.
Jornalismo no esporte é discutível. Você pode entender que o bom jornalista é aquele que denuncia, corre atrás do furo, acusa, insinua, não deixa barato… Mas quem disse pra você achar isso? Alguns de nós, não exatamente os que tem razão.
Outros podem achar  que não. Acham que futebol é lazer e como um produto de entretenimento deve-se vender o jogo, o espetáculo, os jogadores e a festa. Espaço para polêmicas e denúncias, é claro, mas bem menor do que o jogo em si.
É a filosofia americana, aquela que dá certo e que tanto pagamos pau. Lá não se menospreza o esporte nacional, não se faz de uma denúncia algo maior do que o jogo e não se trata nada com metade da seriedade que alguns tentam tratar aqui.
Ser sério não significa ser metido a intelectual. O problema é que precisamos parecer sérios, não ser.
Eu conheço o Tiago Leifert, não conheço o Léo Bianchi. Conheço sua reputação e sei que ele não faria por mal. Se fez, foi pela simples intenção de levar uma notícia num tom divertido e um jogador sorrindo pra sua casa. Essa é a linha do Tiago no programa, e é isso que tentam fazer. O absoluto oposto do que sugere a profissão hoje em dia.  Informe, denuncie, apure mas, sem jamais esquecer que “é só futebol”.
Talvez você prefira um programa que abra sério, denuncie o Teixeira, acuse o Luxemburgo e insinue 10 outras situações que não podem provar. Isso pode te fazer acreditar que eu sou o sério, os outros são “bonzinhos”, “covardes”, entre outros.
Cada um faz a sua maneira, mesmo sabendo que muitos estão dando tiros nos pés todo santo dia fazendo com que o torcedor veja mais o problema administrativo do clube ou da CBF do que o golaço de domingo.
Não, não falamos do Manchester. Se falassemos, falariamos das centenas de acusações de lavagem de dinheiro, envolvimento com coisa séria, etc. Mas aqui, se é o que temos pra passar, só exaltamos. E os bobocas em casa aceitam, acham o máximo e não enxergam que estão sendo, aí sim, manipulados a acreditar que a grama do vizinho é mais verde. Não é, e se for, o adubo passou por mãos tão sujas ou piores que as daqui.
A relação imprensa/torcedor acabou, apodreceu. Vocês odeiam a imprensa por 2 motivos.
1) Ela piorou muito, de fato.
2) Desde a internet é preciso odiar alguém todo dia pra ter do que reclamar nas redes sociais.
Você tem na sua mão o poder de optar. Você pode engolir o “jornalismo” que te enche de minhoca e transforma seu lazer de domingo num festival de investigações e denuncias como se isso fosse dinheiro público ou algo do gênero. Ou pode ver o jogo, rir do seu ídolo contando história, esperar as notícias confirmadas ou bem apuradas enquanto abre um espacinho para ouvir o que há de ruim no esporte.
O esporte é sério pra quem trabalha com ele. Pra você, não. E se for, você está errado.
Nós, que levamos o esporte até você, podemos te transformar num revoltado ex-fã de esporte ou num apaixonado torcedor que se diverte com aquilo.
Alguns de nós quer A, outros querem B.
Mas não. Esporte não é coisa séria. Pelo menos pro torcedor, não pode ser.
Se for, não é esporte. E se não é esporte, não é da editoria de esportes.
Logo, metade da imprensa esportiva nacional, hoje, deveria trabalhar nos sites de fofoca. A outra metade nas páginas policiais.
E você, torcedor, assinar o Diário Popular e não mais o Lance!.