domingo, 25 de março de 2012

Resenha : Capitulo IX - Baleia / Vidas Secas


Vidas Secas
Capitulo IX – Baleia
            Graciliano Ramos (1892-1953) principal romancista da geração de 1930. Nasceu em Quebrângulo, Alagoas. Vidas Secas (1938) seu único romance em 3ª pessoa, uma obra que conseguiu fixar figuras subumanas vivendo o fatalismo das secas da região do Nordeste. Na obra Graciliano mostra uma família de 4 pessoas (pai Fabiano, mãe Sinhá Vitória, filho mais novo e filho mais velho) e uma cachorrinha (baleia) que vivem nas secas do Nordeste Brasileiro, uma obra na qual pode ser “desmontada”, pois os capítulos não têm uma continuação.
            Baleia prestes a morrer, seus pelos a maior parte deles já haviam caídos, já não conseguia beber nem comer, pois as chagas da boca e a inchação dos beiços dificultavam a entrada de qualquer coisa em sua boca. Sendo assim, Fabiano – o cabra – resolvera matá-la, mesmo com Sinhá Vitória não concordando, ele vai e pega a espingarda. Os filhos e a mãe já tristes, afinal Baleia era como uma pessoa da família. Baleia sai da casa coçando-se a esfregar as peladuras no pé do turco, - Pobre da Baleia -. Ficara atrás de uma árvore no terreno e só se pode ver as pupilas negras. Fabiano ao chegar as catingueiras, arrumou a pontaria puxou o gatilho, a carga alcançou o traseiro de Baleia, inutilizando uma das pernas dela. Baleia latindo desesperadamente. Sinhá Vitória ao ouvir o tiro e o latido desesperado da cachorra, pega-se à Virgem Maria e os filhos choram alto. Baleia fugia precipitada, correndo a três pernas, rodeando o barreiro e entrando a esquerda do quintalzinho num buraco da cerca, ganhou o pátio, dirigiu-se ao copiar, encontrou Fabiano e foi para o chiqueiro das cabras. Como perdia muito sangue, andou como gente, em duas pernas. Naquele instante já não conseguira ver muita coisa, afinal era inverno e havia muito nevoeiro. Não latia mais, uivava, mas a cada momento os uivos iam diminuindo e se tornavam quase imperceptíveis. Tinha desejo de morder Fabiano, mas lembrava da espingarda e se tremia. Não podia o morder, passou a vida em obediência a esse cabra, juntando o gado a um só sinal de Fabiano, ambos sabiam, ela pertencia a ele. Uma angústia apertou o coração, Baleia precisava vigiar as cabras. Os meninos dormindo, silêncio completo e nenhum sinal de vida nos arredores, era uma noite de inverno, fria, gelada e nevoenta. O desejo dela era estar dormindo ali entre a cozinha e o alpendre, na pedra quente do fogão. Amanhecendo, acordaria feliz, lambendo a mão de Fabiano e rolando com os meninos em um pátio enorme, num chiqueiro enorme, e o mundo cheio de preás gordos e enormes. Tudo seria diferente.
            Concluo que Graciliano Ramos quer trazer, e traz, ao leitor que a Baleia não era apenas uma cachorra, ele a trata como um ser humano bem mais do que os filhos de Fabiano, ela usa para Baleia, pernas e não patas (que são de cachorras), cachorros não pensam e ele pensa por Baleia e isso o torna oniciente, a cachorra tem um nome, pensamentos, carinho, companheirismo entre outros. Isso torna a Baleia muito humana.

sábado, 10 de março de 2012

Digna & Honesta



Há uns dias atrás vieram até me mim e disseram que "futebol" e mais fácil do que "xadrez", concordo, porém em partes. Não há nada na vida que use mais raciocínio rápido do que xadrez, certo?! Conclusão, mentalmente xadrez é mais difícil do que qualquer coisa, mentalmente falando !

E o preconceito é porque o jogador em si ganha "rios de dinheiro" só por "correr atrás de uma bola"?   Se for tem coisa errada, aquele a qual só correr atrás de uma bola, faz um esforço enorme para estar lá, e para estar lá tende contrariar muitos, a qual só irão criticar, os qual os apoiam são somente familia e amigos de verdade. E se estão indo atrás da bola, é por que ali eles vêem um futuro melhor pra si mesmo e para teus familiares, sonhos e desejos desses realizados através do esforço deles.

Ninguém cansa fisicamente estando sentado, tendo apenas que mexer os braços, mãos, olhos e cabeça. Veja um atleta em si, independente de qualquer que seja o esporte, se uma pessoa te pergunta "trabalha em que ?", você responde "sou Jogador", a pessoa rindo conclui " e faz mais o que? ". Agora fala que você é um professor, diretor, médico, engenheiro, a pessoa até se orgulha por você. Entendam, ser jogador é tão digno como aquele a qual tem uma formação acadêmica, é Digno e Honesto.

Um professor, um médico, um engenheiro, um administrador, não tem de correr num Sol de 40ºC, suando igual camelo no deserto, eles "apenas" ficam sentados, não é critica é realidade. Afinal dependemos desses a qual ficam "apenas" sentados. Um professor não um risco de ter um câncer de pele, parada cardíaca, etc... Afinal, fica "apenas" dentro de uma sala com no máximo 40 "crianças" (que já pensam que são adultas e querem agir como tais) e não num estádio com 40 MIL pessoas, isso é pressão, isso é exigência, isso é o Esporte, se dentro de um estádio tem 40 MIL, fora dele há MILHÕES, criticando ou elogiando, mas estão te vendo,.

Por esses motivos são recompensados da maneira que são, se um professor ganha pouco é por que faz pouco, tem muito cara por aê que trabalha bem, não tem o Ego grande e ganha bem, por que não quer ser melhor do que ninguém, quer ser simplesmente ele, sem Mascara nenhuma.

Professor e Jogador, profissões diferentes, porém, Dignas e Honestas.

Abrs
AfonsoRMartins .